Sejam bem vindos!

Olá, este blog faz parte das atividades da disciplina Didática e Praxis Pedagógica II da Faculdade de Educação da Universidade Federal da Bahia, na qual eu estou matriculada. Neste serão expostas reflexões acerca da disciplina e sobre educação em geral.



sexta-feira, 20 de maio de 2011

Até onde vale a pena sermos VIP'S?


Gente, tudo bem?

Hoje irei fugir um pouco da temática, falarei de um filme que assisti e que me proporcionou um mal estar e uma confusão. Acredito que sirva para nossas reflexões acerca dos sujeitos que estão sendo formados pela nossa sociedade, e que a escola também se torna co-responsável. Assistam também e tirem suas conclusões, vale a pena!

A obra cinematográfica VIP’S é uma produção nacional, lançada em 2011, com direção de Toniko Melo. A obra se propõe a narrar a história de Marcelo, interpretado por Wagner Moura, um jovem paulistano que em busca do sonho de ser piloto, se envolve em uma teia de atividades ilícitas, que compreende desde a sua posição como narcotraficante - Carrera, até a apropriação da identidade do filho de um empresário de uma grande empresa aérea, identificando-se também como um membro do PCC.

Marcelo perpassa por estas identidades que se complementam, pois a impressão que o personagem passa é de esvaziamento pessoal, preenchido por estas diversas identidades que em algum momento vão lhe atribuir o status desejado.

É um filme onde sentimos o mal estar. Onde a catarse nos envolve a ponto de irmos contra ao que seriam os nossos princípios. Nos vemos torcendo pelo “bandido”, querendo que ele se dê bem. Talvez internamente todos nós tenhamos este desejo, um sonho de ser rico, popular, famoso ou outras coisas, que por mais que impossível, gostaríamos de realizar. O personagem Marcelo mesmo que por meios ilícitos alcançou seu sonho, em um país em que os sonhos são tão impossíveis, em uma sociedade que impera a desesperança e a descrença.

O que se vê não é somente um filme publicitário, é uma obra que nos faz refletir sobre nossa própria condição, nossa ética, em um país em que se identificar como “filho de alguém” nos dá o poder e livre acesso a lugares outrora inatingíveis. É uma obra que nos situa em uma sociedade capitalista, baseada no parecer, em detrimento do ser.

VIP’S nos mostra a crise de identidade do personagem e sua suposta personalidade antisocial, em uma sociedade globalizada, capitalista, consumista e egoísta, que preza a questão do ter em detrimento do ser. Os fatos nos indicam a produção de “Marcelos” pela sociedade, e acredito que cada um de nós conhecemos o já tivemos o (des)prazer de encontrarmos com um Marcelo, em nossas vidas.

A quase inexistência de estereótipos na obra produz em nós o efeito de vermos o vilão como um mocinho, um jovem que está em busca de reconhecimento, sentido para a vida ou apenas viver. O mal estar não se dissipa ao final do filme, e, acerca de nossos próprios sonhos e desejos a pergunta que se coloca é: até onde iríamos para alcançá-los?Até onde vale a pena ser VIP?

MELO, Toniko. VIP’S. Brasil: Globo Filmes, 2011.

quinta-feira, 19 de maio de 2011



Olá colegas!
Hoje vou falar um pouco de uma experiência como educadora durante uma oficina realizada em uma turma do 5º ano da Escola Municipal Beatriz de Farias localizada em Boca da Mata,Cajazeiras.

Através de um convite de uma amiga, fomos conversar com a turma sobre amizade. A atividade está prevista no cronograma da Escola que trabalha com projetos uma vez na semana, o que esboça o seguimento de um PPD, e consequentemente de um planejamento realizado em sala de aula.

Junto com a professora sugerimos um planejamento para uma oficina, na qual esta teria uma co-participação, estando a todo o momento em interação conosco e com os alunos.

O planejamento se baseou em um encontro de aproximadamente 2 horas, em que conversaríamos com a turma sobre amizade e relações interpessoais. Seguimos o seguinte planejamento:
1º Dinâmica de apresentação: cada criança deveria escolher o colega ao lado para apresentá-lo, falando o nome dele, a sua idade, o seu hobby, quem seria seu melhor amigo e qual a comida que este mais gosta.
2º Investigar as concepções de amizade para as crianças e a partir destas levantar alguns conceitos sobre o tema.
3º Momento de reflexão onde as crianças esporam o que para estas seria a amizade, e como esta se dava dentro da turma.
4º Exposição através de fotos animadas acerca dos diversos tipos de amigo: Conversador, engraçado, estressado, família, irmão, etc.
5º Por fim, dinâmica, “Espalhe Amizade” encerrando com exposição de filmes acerca do tema amizade.

Os materiais utilizados foram data-show, som e caixa de doces para a dinâmica.

Sei que sou suspeita, mas posso dizer que a oficina foi um sucesso, e dentro da mesma surgiram diversos temas, como bulling, o respeito, a liberdade, dentre outros. Ver a interação e participação das crianças durante toda a oficina foi fundamental para percebermos como os mesmos eram os sujeitos daquele processo e que com planejamento e dedicação conseguimos muito mais.

quarta-feira, 18 de maio de 2011


Olá colegas, acredito que seja importante falarmos um pouco acerca dos parâmetros que regulam as nossas ações como professores, e em meu caso específico, como professora de Língua Portuguesa. Trago um pouco das reflexões feitas no artigo que produzimos em equipe para esta disciplina.

Estou falando dos parâmetros curriculares nacionais (BRASIL, 1997)., que constituem um referencial de qualidade para a educação no Ensino Fundamental em todo o País. No que concerne à Língua Portuguesa, os PCN’s destacam que o ensino e a aprendizagem desta disciplina na escola é resultante da articulação de três variáveis: o aluno, a língua e o ensino.

Para que a mediação entre estas variáveis aconteça efetivamente, o professor deverá planejar, implementar e dirigir as atividades didáticas, com o objetivo de desencadear, apoiar e orientar o esforço de ação e reflexão do aluno. Neste âmbito é que entra a questão do nosso planejamento, para que estas atividades atinjam seus objetivos intrínsecos e beneficiem os sujeitos da aprendizagem. Mas não estamos sozinhos nesta tarefa, a escola e a sociedade, devem trabalhar em relações de parceria, nestas complexas situações de aprendizagem.

Desta forma, objetiva-se que os alunos adquiram progressivamente uma compe
tência em relação à linguagem que lhes possibilite resolver problemas da vida cotidiana, ter acesso aos bens culturais e alcançar a participação plena no mundo letrado, como preconizam os PCN’S e nossos anseios internos.

BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: língua portuguesa. Brasília:1997.

Como estão todos vocês?

Eu estou muito bem! Querem saber por quê? Menos de uma semana após o último post,
acerca do planejamento em nossa vida acadêmica, onde eu questionava se nós costumamos nos perguntar por que estamos estudando isso ou aquilo naquele momento ou daquela forma, em plena sexta-feira, aconteceu!

Pois então, por mais surpresa que isto venha causar, durante uma aula na Disciplina de LETA31 – Leitura de produções artísticas, a professora nos perguntou se nós alguma vez já paramos para questionar o porquê de existir esta disciplina em nosso currículo. A mesma nos explicou os objetivos e expectativas da mesma acerca das possibilidades da disciplina, e até porque em seu título víamos leituras, e não análise ou outra palavra subjacente...

Imaginem o meu encantamento! A partir das idéias de Vasconcelos (1999) que vemos em sala de aula, que em suas discussões sobre currículo também trata sobre a questão da alienação dos professores, me surpreende encontrar de repente uma professora que questiona o seu próprio papel e o papel de sua disciplina em nossa formação, não somente no inicio, mas também no meio do semestre, o que nos deixa amparados pela reflexão, de que não basta reclamarmos ou nos acomodarmos, mas precisamos evocar o debate acerca das peculiaridades deste entrelugar em que nos encontramos. Omos responsáveis também pelo nosso saber...



Obrigada professora Laura Castro!

VASCONCELOS, Celso dos S. Planejamento: projeto de ensino-aprendizagem e projeto político-pedagógico. 5. ed. São Paulo: Libertad, 1999.

terça-feira, 3 de maio de 2011

Conhece-te a ti mesmo...


Ufa, finalmente estou de volta!

Após um longo período sem postagens volto para aquecer este blog!
Acredito que o processo de produção depende da possibilidade criativa de cada sujeito, quanto mais livre estiver, mais fácil será se expressar em sua complexidade.

Gostaria falar um pouco acerca do planejamento em nossa vida acadêmica. Como nós vemos os professores que planejam as suas aulas? Será que paramos para observar estes pormenores que estão presentes em nosso dia-a-dia? Que valor damos a estas ações na nossa jornada educacional.

Muitas vezes já nos perguntamos por que estamos estudando isso ou aquilo naquele momento ou daquela forma? Nossa atitude inicial é sempre a de reclamar, por fim obedecer e acatar. E a quem perguntamos estes porquês. Nós como alunos temos a idéia de como são organizado os nossos currículos.

Vejo que observar ao nosso redor, aprendendo com os erros e acertos dos nossos educadores, podemos vir a seguir em nossas práticas um planejamento que dê conta, ao menos das necessidades momentâneas dos sujeitos do processo de aprendizagem.

Fica também a dica de pesquisarmos e buscarmos informações acerca do nosso currículo, para estarmos inteirados e sermos participantes do nosso próprio processo de formação.